Guardo sua foto. Ela supre a falta que eu sinto aqui dentro. Falta de alguém. Falta de você. Seu rosto, ainda que inanimado, preenche em mim o que nao fui capaz que encontrar sozinho. Olho para sua foto intensamente: Quem sabe você aparece bem do meu lado assim que desviar o olhar. Se eu desviar... Mesmo ainda que em papel, sua fisionomia me ofusca. Mas me sinto abençoadamente bem: Enfim consigo sustentar o seu olhar. Como um ser inanimado pode me fazer sentir vivo? Como posso me perder em sentimentos, fitando apenas uma fotografia? E como posso, ao passo que me sinto bem, sentir essa angustia interna? Em meio a essa confusão de sentimentos, as lágrimas me são inevitáveis. A utopia da situação me machuca. Me deprime. Na maioria das vezes, o mais proximo que chego de tocar-te são em impressões e pensamentos. Fecho meus olhos. Sinto minhas lágrimas. Desejo estar ao seu lado. Desejo ser outra pessoa. Culpo-me, amarguradamente, por desejar o que nunca poderei ter.
[Fernando M. Minighiti][30.07.2011][23:10]
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