sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Análise

Eu sou o Sol que se põe.
Sou a caveira que sobrou.
Vocês são brilhantes, felizes. Você é completo.
Eu sou a metade.
O meio sentimento.
O quase feliz.
O limiar da loucura.
Sou o oposto do sorriso,
sou a vida pacata.
Sou a conformidade encarnada.
A infelicidade humana.
Sou de poucas palavras.
O senhor do medo.
Aliado do segredo.
Sou o sangramento.
Sou o impossível estancamento.
Sou a ferida, a hemorragia.
Sou doença.
A morte.
Eu sou o desespero.
Sou a solidão.
Sou o enterro da esperança.
Sou insegurança.
Eu sou a noite sem estrelas.
Sou a lua sem brilho.
Eu sou o fim do caminho.
Sou alguém perdido.
Sou sinonimo de desperdício,
o anti socialismo.
Sou a saudade.
Sou ansiedade.
Eu sou o anormal.
Sou o lado mau.
Anti-filosofia,
Vivo da nostalgia.
Sou tristeza.
Sou o desejo.
Eu sou a fraqueza que desalenta.
Eu sou o órfão,
sou carente.
Sou doente.
Vivo maquinalmente.

[Fernando M. Minighiti][05.08.2011][18:22]


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