sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Perdão (Uma análise do que andei fazendo)

Basta.
Longe demais arrisquei-me a chegar.
A ousadia sem limites
Foi um veneno nas minhas entranhas.
Percorri terrenos em que, são, não percorreria.
E agora tudo aqui está em carne viva
Pulsando. Vivendo, ainda.

Vermelha era minha tola esperança,
Natimorta no útero deformado
Do meu desesperado coração.
Indigna, imprecisa.
Forte, latente.
Mas agora está aprisionada,
Para que não estrague o caminho à frente.

Por mais que ela ainda viva
Acuada, medrosa e escondida
Será escondida toda a sua vida.
Será um coração dentro de meu coração.
Algo sóbrio, silencioso
Que esperará, sem esperança, mas sempre ansioso,
Mesmo sabendo que a espera será somente uma espera.

Perdoe-me! Perdoe-me!
Meu egoísmo te sufoca.
Te afronta, impiedosamente te explora.
Esta é a minha culpa.
Aqui é minha rendição.
E espero eu mesmo poder cicatrizar-te
E assim redimir-me, então.

[Fernando M. Minighiti][19.08.2011][18:58]


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