terça-feira, 15 de março de 2011

Revolta

Tua existência é um insulto
À minha alma!
Teu suor
Exala pecado.
Qual o prazer mórbido
Que te move?

Cala-te!
Cada palavra tua proferia
É como o veneno podre
Que uma cascavel insensivelmente injeta
Na sua amada presa amaldiçoada.

Não há mais de dirija-me
Teu olhar soberbo, teu falso falar
Guarde-os, pois
Às tuas ofídicas irmãs!

Contenta-te em evanescer.
Tua visão és meu velho pesadelo.
E, quando dele acordo, na minha clárida
Aurora, a tua começa a enegrecer.

Pervertida pela escuridão
Falas de amor,
Do sim, do não.
Pobre de vós...
Pensas que sabes pensar!
E na tua falsa certeza,
de ignorância plena,
Na contradição acabas de se atirar!

No teu sórdido jogo
Há tempos morri.
Não és o suficiente
Para saciar-te a
Sede se sangue?

O que mais queres de mim?
Conforto? Consolo?
Desculpe-me.
Estou morto por dentro
E já nao me agrada saciar-te
O teu entento.

[Fernando M. Minighiti][14.03.11][23:30]


Nenhum comentário:

Postar um comentário