quinta-feira, 10 de março de 2011

I give up!

A não ser que muito me engane, já escrevi sobre isso aqui. Sempre foi uma forma de dizer coisas que eu não expresso por palavras, tamanha complexidade, para tentar encontrar algum resquício de paz. Mas não foi o suficiente para mim. Como um incinerador, a indignação ainda queima dentro de mim, me consome. Isso não vai resolver, eu sei, por que isso não vai acabar. Mas também não posso conviver com isso. Ninguém pode enfiar os fatos crus na minha goela abaixo.
Certo! Eu desisto da raça humana! Desisto do amor! Afinal, o que é o amor a não ser um sentimento humano imposto pela mente? O que é o amor, a não ser uma fraqueza? Algo irrelevante, dispensável? Estaria ele interligado ao maldito lado volúvel das pessoas de personalidades fracas? À maldita contradição? Estaria!
Por Deus, como eu desejei estar completamente errado sobre tudo isso! Mas cada vez mais os dias passam, e mais me convenço que o amor é um negócio, uma conveniência! é conveniente ter alguém ao seu lado. É moda. Status. Eu posso ver isso em cada olhar, eu posso farejar isso no ar. Assim como em pessoas profundamente volúveis, o amor é transplantado de pessoa em pessoa, com a mesma capacidade que temos em colocar o ar em nossos pulmões! Como é possível a mágoa de ontem ser o amor de hoje? Mentes volúveis me cansam profusamente! Qual o padrão banal existente para se dizer "te amo"? Quem tem a melhor lábia? Quem paga mais? Eu não consigo e nem quero vê-lo, tão pouco aceitá-lo como um cachorro.
Seus atos constroem sua imagem. Chegará o dia em que não será aceitas lamurias. Amará quem realmente ama. Odiará quem realmente odeia. E ponto. Só eu sei o quanto quero que esse dia chegue.
[Fernando M. Minighiti][10.03.11][12:36]

"Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!"
[Augusto dos Anjos. Intimidade]

"Hora de morrer, pobres companheiros. Vocês me tornaram o que eu sou."
[Nightwish. The Kinslayer]

"Quinze velas redentoras
Deste mundo
Vivem na hipocrisia.
Como poderíamos saber?!"
[Idem]

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