domingo, 27 de março de 2011

Tudo que tem um começo, tem um fim.

Certa vez, fiz uma caridade. Estendi a mão a alguém, dei-lhe o que comer. Diverti uma alma que sequer sabia o significa disso. E, no início, divertia-me também - cego pelo status. Dei-lhe do bom, do melhor. E - meu Deus! - como foi cara essa caridade! Se colocarmos na ponta do lápis tudo o que foi necessário, teríamos vinte vezes mais o valor que a alma ajudada merecia. Por que aos poucos, bem lentamente, o sofrimento daquela alma solitária me preenchia, e minha felicidade abandonava-me, para preencher o vazio no peito da pobre criatura que, acreditava eu, estava ajudando. Ora, já não era o suficiente? Tirei-a da miséria, do lugar que ninguém mais tiraria. Resgatei-a do fundo do poço e transformei aquela alma em uma rainha e, mesmo assim, ela sugava-me a vida tão facilmente, tão impiedosamente... Pois então chegou o dia que cansei-me. Desliguei-me daquela infeliz alma. Então, como por um último ato de ingratidão, ela cuspiu na minha cara. Não vi mal algum naquilo: Cada dia que passava junto àquela miserável alma, perdendo minha felicidade, era como um escarro mirado a mim. E lá se foi aquela alma que tudo tinhas, bem ali, na palma da sua mão, e que não soube perceber que perdera absolutamente tudo. Pois eis que, no fim do caminho que aquela alma trilhou sozinha - sem seu antigo estoque de felicidade que vos fala - havia um abismo. E, além dele, o paraíso. Observei-a de longe, e pude registrar um sorriso de escárnio vindo do maldoso ser. Ah, sim, seria um grande final: Ela enfim encontraria a felicidade na sua mais cristalina forma, enquanto o seu antigo companheiro arruinava-se em lama e desespero. O Aprendiz se voltaria contra o Mestre. Então, ela pulou em direção ao seu trunfo pessoal. Entretanto - cega por cobiça -  o vão do abismo era maior do que ela poderia presumir e, como um anjo caído, ela despencou naquela escuridão nauseante. Aproximei-me da beirada daquele poço sem fim. Ah, sim: Lá estava ele, aquele triste ser, aquela alma arruinada, exatamente do modo que estava quando estendi minha mão à ela... exatamente como ela estava quando eu a tentei salvar, e ela recusou. Não deveria sentir-me alegre. Por Deus, não mesmo. Mas também não posso evitar a satisfação que enche meu peito quando eu vejo aquele ser miserável no lugar de onde nunca deveria ter saído! Posso sorrir novamente, e toda a felicidade que ele me roubou, torna ao seu verdadeiro portador. Sinto-me praticamente do outro lado do abismo. É assim sempre que tentamos ajudar alguém? Não farei mais caridades!

[Fernando M. Minighiti][27.03.2011][20:23]


"Garotinha, garotinha, por que esta chorando? Dentro de sua alma incansável, seu coração está morrendo. Pequenaina, pequenina, sua alma está expurgando. De amor e navalhas seu sangue está surgindo. Fuja! Do rio para a rua, e econtre-se com a cara na sarjeta. Você é uma fugitiva do exército da salvação. Não existe um lugar como nossa casa quando não se tem para onde ir! Garotinha, garotinha, sua vida está chamando os charlatões e santos de seu abandono. Pequenina, pequenina, o céu está caindo! O barco salva-vdas da decepção está velejando a todo vapor. Sem rima ou razão; Seus olhos fulminantes mostrarão seu coração de traição. Garotinha, garotinha, sua mentirosa maldita! Você á apenas uma cobradora pregando ao coro! Os traços de sangue sempre a seguem até em casa, como lágrimas de maquiagem de sua fuga. Você está andando com queimaduras, e correndo com tesouras. Tão profana... Irmã da graça! Fuja! Do rio para a rua, e econtre-se com a cara na sarjeta. Você é uma fugitiva do exército da salvação. Não existe um lugar como nossa casa quando não se tem para onde ir!"

[¿Viva La Gloria? (Little Girl). Green Day]


Eu nunca pensei que seria suficiente
Para lhe mostrar o que eu estive pesando
E eu continuo fazendo mais
Só para provar que eu adoro
Cada pedacinho de insanidade
Tudo o que peço é por isso,
Tudo o que peço é por isso
Essas mãos permanecem vermelhas
Pelas vezes que eu matei você e então
Nós podemos lavar esse anel de noivado
Com veneno e querosene
Eu irei sorrir enquanto você morre
E vamos celebrar o fim de todas as coisas
Com champagne barato
Sem, sem fazer barulho
Sem, sem fazer barulho
E eu te desejarei longe
Sem fazer barulho
E eu te desejarei longe.

[Drowning Lessons. My Chemical Romance]




Todos prestem atenção em mim!
Eu tenho a resposta!
Eu tenho a resposta!
Esconda sua vista,
nós vamos brilhar hoje
Sub-atômico nunca pega o melhor de mim
Nem o DJ irá salvar minha alma
Eu a vendi há tanto tempo atrás por Rock'n Roll
Baixe a agulha quando o tocador de fita estourar
Vamos detonar isto então todo mundo saberá!
Isto não é uma festa
Saia da pista de dança
Você quer ficar?
Aqui chega a guerra de gangues
Você está fazendo tudo certo
Eu tenho a resposta
Porque todos os bons momentos
Te deram câncer
Ninguém irá pegar minha vida
Ninguém irá pegar o melhor de mim
Nem um padre irá me salvar agora
Escolha um assento, eu vou lhe mostrar agora
Todos com vontade piromaníaca
Nós vamos explodir isso e mostrar como se faz!
Isto não é uma festa!
Saia da pista de dança!
Você quer ficar?
Aqui chega a guerra de gangues!
Você está fazendo tudo certo
Eu tenho a resposta
Porque todos os bons momentos
Te deram câncer
E se nós todos fôssemos como você, no final
Estaríamos nos matando durante o sono!
Então acenda as luzes e eu farei novamente!
Apenas guarde seus carros, seus cães, e seus malditos amigos famosos!

[Party Poison. My Chemical Romance]


Irmã, eu não sou um grande poeta, mas sim um criminoso
E você nunca teve uma chance
Ame-o, ou deixe-o, você não consegue entender
Um rostinho bonito, mas você entende
então continue
e continue
e continue
Eu não iria me expor se você me pagasse
Eu sou apenas do jeito que o médico me fez,
e de novoe
de novoe
de novo
O amor é o vermelho como a rosa que está na tampa do seu caixão
O que é a vida assim sangrando no chão?
No chão
No chão
Pregue tudo o que quiser, mas quem me salvará?
Eu guardo uma arma no livro que você me deu,
Aleluia, engatilhada e carregada!
Negro é o beijo o toque de um filho traiçoeiro
Não é a marca ou a cicatriz que te faz único,
e único
e único
e único
Você nunca me fará ir embora
Eu uso isso na minha manga
Dê-me uma razão para acreditar
Então me dê todo seu veneno
E me dê todas suas pílulas
E me dê todos os seus corações sem esperança
E me faça doente
Você está correndo atrás de algo
Que você nunca matará
Se é isso que você quer,
Então atire à vontade!

[Thank You For The Venon. My Chemical Romance]

"Melhor correr com o Diabo, por que ele nunca te deixará ir embora. Melhor você se esconder em cima da avenida, por que ele vai te encontrar em casa. [...] Eu tenho sido um mal filho da mãe, então vá contar a sua irmã que ue sou outro! Vá1 Vá! Vá! Vá! Mas eu direi o que eu quero dizer. Diga que eu sou um anjo, e leve  isso para o túmulo. Diga que eu sou um cara mau, mau, mau, mau. Diga que sou um anjo e leve isso para o túmulo. Então levante, então saia! Sim, eu sou! Oh, sim, eu sou!"

[House Of Wolves. My Chemical Romance.]

" E então, Glória? Onde Está o seu amor imortal agora?"

[¡Viva La Glória!. Green Day]




Merci pour le venin

sexta-feira, 25 de março de 2011

Estática

Meus joelhos estão sangrando
De tanto ajoelhar-me para rezar
Preces que já decorei.
Todo esse peso nos meus ombros, o que me é impôsto,
Impedem-me de abrir minhas negras asas,
De fugir para longe daqui.
Continuo a assistir essa cena digna de pena.

Não há como fechar meus olhos.
Vocês me drogaram, e agora
Só tenho um mestre, um senhor.
Não há como negar
A realidade.
Nós fomos usados.
Nós fomos modificados e condenados.

Mas o pior é aplaudir
No fim do ato
Mesmo depois de tanto
Sangue derramado.
E quando nasce um outro sol
Dentro de mim,
Percebemos enfim
Que nosso lugar não é aqui.

[Fernando m. Minighiti][25.03.11][20:28]

segunda-feira, 21 de março de 2011

Decadência

Ela fez de seus sonhos um portifólio.
Ela picotou o coração com papéis.
Ela nunca mais vai saber o que podria ter acontecido.

Uma escolha e muito pouco tempo.
Um passo em falso e tudo se vai com o vento.
Ela nunca mais vai saber o que podria ter acontecido.

Pouco a pouco o sangue escorre dela
E sua memória começa a evanescer.
Desesperada ela nao sabe o por que
Enfim ela começa a morrer.

Abra seus olhos,
Enterre teus sonhos
Em todas as dobras feitas no passado.
Esqueça seu nome.
Entrege teu sangue.

Ah, decadência!
O lado podre dos Reis e Rainhas.
Ah, decadência!
Levaram tudo o que um dia tinhas.


Ela comprou seus sonhos numa esquina.
Tão facil de se vender ela foi um dia.
Num sorriso ela via todas as suas realizações

Um dia todos os sorrisos apagaram-se.
E agora ela nao sabe o por que está sofrendo.
Um pesadelo quem provém do sonho é tão mais aterrador...

Ela escreve sobre todos os seus tormentos
Em paginas amareladas pelo tempo.
Ela, em vão, espera que o fogo queime
E expurgue dela tudo o que de verdadeiro há por dentro.

Encare a miséria.
Presa no espaço.
Confesse que eu sempre tive razão.
Lembre-se do significado
De todo "não".

Ah, decadência!
O lado podre dos Reis e Rainhas.
Ah, decadência!
Levaram tudo o que um dia tinhas.

Ah, decadência!
Desde toda a extinta luz divinal.
Ah, decadência!
Da lua cheia à escuridão eternal.

[Fernando M. Minighiti][21.03.11][22:38]

terça-feira, 15 de março de 2011

Revolta

Tua existência é um insulto
À minha alma!
Teu suor
Exala pecado.
Qual o prazer mórbido
Que te move?

Cala-te!
Cada palavra tua proferia
É como o veneno podre
Que uma cascavel insensivelmente injeta
Na sua amada presa amaldiçoada.

Não há mais de dirija-me
Teu olhar soberbo, teu falso falar
Guarde-os, pois
Às tuas ofídicas irmãs!

Contenta-te em evanescer.
Tua visão és meu velho pesadelo.
E, quando dele acordo, na minha clárida
Aurora, a tua começa a enegrecer.

Pervertida pela escuridão
Falas de amor,
Do sim, do não.
Pobre de vós...
Pensas que sabes pensar!
E na tua falsa certeza,
de ignorância plena,
Na contradição acabas de se atirar!

No teu sórdido jogo
Há tempos morri.
Não és o suficiente
Para saciar-te a
Sede se sangue?

O que mais queres de mim?
Conforto? Consolo?
Desculpe-me.
Estou morto por dentro
E já nao me agrada saciar-te
O teu entento.

[Fernando M. Minighiti][14.03.11][23:30]


segunda-feira, 14 de março de 2011

Não é naturalidade, e não há prazer nenhum nisso. É apenas uma maldita necessidade de sobrevivência.

Terminar o dia... Vivo. É nisso que penso todas as manhãs quando acordo. Uso de todos os artifícios para alcançar o meu objetivo. É a lei da selva, matar ou morrer. Uso e abuso de todos os recursos, todas as cartas sob a manga, todos os trunfos. Ninguém vê minha verdadeira face por detrás da máscara de felicidade que visto a cada dia. Ninguém enxerga meu verdadeiro ser além da atuação. E a mentira! Ah, a falsidade! Ninguém suspeita de todas elas. E como eu me arrependo! Mas o que fazer, se somos forçados a conviver com todos os fantasmas do passado? Com quem só nos fez mal, com quem ainda nos faz mal? O que fazer se esse é o único artifício com o qual a convivência se torna possível, relativamente suportável? Uns dizem que é o simples ato de suportar certas pessoas que tornam a convivência forçada possível. Mas eu posso ver além dos argumentos, e vejo que é apenas a falsidade, na sua mais pura e cristalina forma, atuando por todos nós. Estou impregnado dela. Estás impregnado dela. Todos estão. Posso farejá-la, senti-la na terra. Terminar o dia vivo... Nem sempre consigo finalizar meu objetivo. Essa "convivência", essa necessidade de uma convivência pacífica, que implica no fato de dissimular sentimentos, falsificar sorrisos, mata-me aos poucos, como um veneno que lentamente queima minha veias. E no final do dia, sinto-me morto, inútil, imprestável. Avalio, então, o dia. Sempre me parece apenas mais um dia perdido, desperdiçado. E isso não me faz sentir-me melhor. Acordo. Mais um dia. Terminar o dia vivo. Apenas penso nisso, e que não seja necessário utilizar-me desse mal que consome a todos nós. Apenas penso em cumprir meu objetivo.

[Fernando M. Minighiti][14.03.11][20:56]




sábado, 12 de março de 2011

Por você

Por ti ressuscitei
Todos os sentimentos
Que um dia tive a
Ousadia de ter.

Conscientemente
Ceguei-me outra vez.
expus-me em uma vitrine;
-Você passou, olhou, e não viu.

Logo no início, previ meu fim
E desde já decidir matar
Tudo dentro de mim que possa
Um dia vir a me torturar.

Não me culpe, não nasci assim.
Não é da minha natureza
Essa carcaça fria que há
No meu mais profundo âmago.

Entretanto
É o resultado das experiências
Que a vil humanidade
Em mim implantou

Portanto,
Prepare-se para fugir.
Pois se amor paga-se com amor,
Sangue há de ser pago com sangue.

[Fernando M. Minighiti][12.03.11][17:22]


quinta-feira, 10 de março de 2011

I give up!

A não ser que muito me engane, já escrevi sobre isso aqui. Sempre foi uma forma de dizer coisas que eu não expresso por palavras, tamanha complexidade, para tentar encontrar algum resquício de paz. Mas não foi o suficiente para mim. Como um incinerador, a indignação ainda queima dentro de mim, me consome. Isso não vai resolver, eu sei, por que isso não vai acabar. Mas também não posso conviver com isso. Ninguém pode enfiar os fatos crus na minha goela abaixo.
Certo! Eu desisto da raça humana! Desisto do amor! Afinal, o que é o amor a não ser um sentimento humano imposto pela mente? O que é o amor, a não ser uma fraqueza? Algo irrelevante, dispensável? Estaria ele interligado ao maldito lado volúvel das pessoas de personalidades fracas? À maldita contradição? Estaria!
Por Deus, como eu desejei estar completamente errado sobre tudo isso! Mas cada vez mais os dias passam, e mais me convenço que o amor é um negócio, uma conveniência! é conveniente ter alguém ao seu lado. É moda. Status. Eu posso ver isso em cada olhar, eu posso farejar isso no ar. Assim como em pessoas profundamente volúveis, o amor é transplantado de pessoa em pessoa, com a mesma capacidade que temos em colocar o ar em nossos pulmões! Como é possível a mágoa de ontem ser o amor de hoje? Mentes volúveis me cansam profusamente! Qual o padrão banal existente para se dizer "te amo"? Quem tem a melhor lábia? Quem paga mais? Eu não consigo e nem quero vê-lo, tão pouco aceitá-lo como um cachorro.
Seus atos constroem sua imagem. Chegará o dia em que não será aceitas lamurias. Amará quem realmente ama. Odiará quem realmente odeia. E ponto. Só eu sei o quanto quero que esse dia chegue.
[Fernando M. Minighiti][10.03.11][12:36]

"Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!"
[Augusto dos Anjos. Intimidade]

"Hora de morrer, pobres companheiros. Vocês me tornaram o que eu sou."
[Nightwish. The Kinslayer]

"Quinze velas redentoras
Deste mundo
Vivem na hipocrisia.
Como poderíamos saber?!"
[Idem]

domingo, 6 de março de 2011

Honestamente

Você só quer honestidade
E isso é só o que eu tenho a dar.
Depois de tanta hipocrisia
E tanto tempo deixado pra trás
Você nao vai querer voltar
E nem pensar em retomar.
Nem todas as coisas que eu disse
Eram tão veridicas assim.
Você me cansa.
Não me leve a mal,
Mas você cansa.

Se você pedisse para eu morrer
Só por você eu morreria.
Pensando bem
Não havia nada que por você
Eu não faria!
E agora, tanto tempo,
E eu apenas me arrependo
De você naõ ter desejado somente
Matar a todos nós.
Mas não, você preferia me cansar.
Não me leve a mal,
Mas você cansava.

Agora componho teu requiem
Em fúnebres notas do além.
Você diz que está deixando de ser idiota
E eu sou obrigado a concordar que você era!

Mas agora
Eu estou bem.
Eu estou bem!
Sério, a morte me deixa bem.
Mas como você nao consegue acreditar em mim
Quando eu digo que na sua ausencia
Eu me sinto bem?

Você me cansava.
Só me cansava.
Tudo bem se você
Quiser levar a mal.
Apenas saiba
Que você
Me cansava.

[Fernando M. Minighiti][05.03.11][22:26]



quinta-feira, 3 de março de 2011

De outras autorias XIV

I'm not here for your entertainment. You don't really want to mess with me tonight. Just stop and take a secondI was fine before you walked into my life, cause you know it's over before it began. Keep your drink just give me the money; It's just you and your hand tonight.

[U+Ur hand. Pink]

Queime-se na distância em que você está caindo
Começando a desaparecer
Luz é condenada a ser amarrada pela gravidade para fechar o fim
Você ainda se lembra?
Antes do peso que te empurrou para baixo
Te desafiou a levantar

Vazio
Nunca é o suficiente
Você continua agarrado no que não pode alcançar
Sufocante espaço preenchido sem graça e eu não consigo respirar
Nada dura para sempre
Até as estrelas perderão seu brilho voltando ao pó
Onde está você agora?
Você tem orgulho da vida que você desperdiçou?
Trazendo a coroa de ilusão que você criou
Você nunca saberá o que se sente a brilhar
Você é o mestre em sua própria mente
Mas um escravo de todos
Você é uma estrela negra

[Dark Star. Tarja Turunen]

Esconda suas conspirações, então quem conseguiu a chave e quem não? Venda sua fortuna para mim pois eu ainda consigo ler por trás de tudo que queima seus dedos. Negocie um sonho; Olho no relógio enquanto ele faz tique-taque. Cego na escuridão, estou tocando as cicatrizes dos corações estragados. Se você está procurando, aprenda a ver; Honestidade é tudo o que você precisa. Curve-se, finalmente Venha e jogue mais um dia. Jogue sua máscara para longe! Eu não me importo com o que você diz, pois suas palavras amáveis apodrecem. Venha e jogue mais um dia!... Bem-vindo à antecâmara da morte.
[Anteroom of Death. Tarja Turunen]


Kerran vain haaveeni nähdä sain
En pienuutta alla tähtien tuntenut
Kerran sain kehtooni kalterit
Vankina sieltä kirjettä kirjoitan

Luojani, luoksesi,
Anna minun tulla siksi,
Miksi lapseni minua luulee...
Sinussa maailman kauneus,
Josta kuolema teki minusta taiteilijan!
Luojani, luoksesi,
Anna minun tulla siksi,
Miksi lapseni minua luulee
Oman taivaan tänne loin
Anna minun päästä pois
Oman taivaan tänne loin
Anna minun päästä pois!

[Kuolema Tekee Taiteilijan. Nightwish]



Segui o caminho errado
Uma ou duas vezes
Cavei até conseguir sair
Sangue e fogo
Decisões ruins
Tudo bem
Bem vindo à minha vida boba

Mal tratado,
deslocado, mal compreendido
Sabichão, tá tudo bem
Mas isso não me parou
Errado, sempre em dúvida
Diminuído, e eu ainda estou por aqui
Querido, querido, por favor, nunca nunca se sinta
Como se fosse menos do que perfeito pra caralho
Querido, querido, por favor, se em algum momento você se sentir
Como se fosse um nada, você é perfeito pra caramba pra mim.

[Fuckin' Perfect. Pink]

quarta-feira, 2 de março de 2011

Resignação

Vá!
Avante na lama que te aguarda!
Da desgraça a ti fadada,
à desventura que te alicia.
Acostume-se com o que virá
Pois o beijo frio do egoísmo
Será tudo a ti oferecido.
De marionete controlada
A um ser perdendo o pensamento.
Realize os desejos alheios,
Regozije-se do sufoco secreto de dentro;
E depois, reze para que alguém ouça-te contar as lamurias
De como foi teu sofrimento lento!
Vá!

[Fernando M. Minighiti][01.03.11][12:29]

terça-feira, 1 de março de 2011

Mortos e Feridos

Tanto tempo já ficou para trás
Fragmentos de vidas desperdiçadas.
Tanto já passou
meus olhos se recusam a umidecer
Pedaços meus
se perderam aos poucos
Na sombra que está atrás de mim
E se perderão nas que virão.

Provei da luz e provei do fogo
da embriaguez do amor
entre mortos e feridos
me sobrou tão pouco

Apesar de me deixar fora de órbita
eu amava suas crises neuróticas
Mas agora nada mais pode me tirar o sono.
Eu costumava seguir
sua brilhante luz fugaz
agora resumo-me a viver
da vida que você deixou para trás.

Em um minuto de insensatez
você não sabe o que fazer
mas você se vira
insensivelmente caminha

Rápido demais
para as feridas secarem
e lento o suficiente
para me fazer perder a mente
Eu torno em meu caminho
para a escuridão do início
De olhos secos
assumo o risco.

[Fernando M. Minighiti][28.02.11][18:42]


Mesmo arruinada pelo sangue, uma rosa será sempre uma rosa.

Mentiras

Mentiras veladas serão sempre mentiras.É necessário ter sangue frio para viver delas. E muito frio. Há quem não tem, fazendo a escolha errada. Não suportam a mentira das quais tentou viver às custas dos outros. Quando esse dia chega, a culpa as assombra, e eles recuam amedrontados em seus mesquinhos esconderijos, dissimulados, egoístas, como animais acovardados que são, donde nunca deveriam ter saído!

[Fernando M. Minighiti][01.03.11][12:45]