segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O necrotério

Atravesse o batente
da dor onipresente.
Na sala se sente
bem à minha frente.
Então, sinta o presente:
há um som diferente...
o da carnificina iminente
irrompendo da sua mente.

Deite, então, durma
no meu sono induzido;
e nele não tente
escapar do fluído
de toda a dor
que em mim causou.
Uma dose de veneno
para seu próprio criador.

Por muito tempo
eu ansiei em a fazer dormir
para nunca acordar.
Jamais respirar.

Um beijo e, então, boas-noites.
E eu poderia viver sem mais amores.
Um beijo e, então, nunca mais.
E assim encontrarei a minha paz.
Enquanto a chuva cai lá fora,
o vento frio sopra apenas a sua volta.
Não espere por mim, isso não vai parar.
Eu rezaria para voltar à respirar...

[Fernando M. Minighiti][04.10.2010][17:16]

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