sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Poesia crua

PWV.

Sinto a poesia morrer
lenta, profundamente.
Tem sido um eterno funeral.

Tudo o que era círculo, é reta.
O que era abstrato, concreto.
Palavra crua. Aprendizado.

E nessa alma esfolada,
na angústia que respira,
o recital do que há no sangue:

Que é o que mais me faz falta,
aquela reticência enorme,
contentamento no descontente não saber.

O cravo e a canela.
O amor e a cautela.
O sol e a janela.

Fernando Minighiti [07.10.2016][02:38]


Nenhum comentário:

Postar um comentário