Transforma-se o monstro em herói
Das mentiras fez-se a verdade
Alheia, a mim negada, tampouco desejada.
Aplausos.
Ninguém jamais verá
A beleza daquela monstruosidade que vi,
Que ainda permanece escondida
Em olhos cor de âmbar e dissimulados.
Faz do sol, lua
Da perdição, a salvação
Das centenas, um – centenas!
És, de fato, homem?
Qual a medida exata de perversidade
Para que possa também eu sorrir?
Hei de ter passado do ponto!
Dela só provo o amargor da injustiça.
Quantos rios amargos e injustos
Fizeste derramar dolorosamente
Em frontes dantes inocentes
Para inundar o vil cálice da vitória tua?
Quantos corações houve de perfurar
Houve de roubar o sangue
Para que tivesses algo
Que circulasse em tuas veias?
Quantos sorrisos houve de furtar
Na calada da noite fria
Em colchões de plástico
Para que sorrisses tu?
Ah, por Deus, só o Demônio sabe
O quanto eu não daria
Para roubar-lhe o que nunca teve por direito.
Quebrar-te taça. Quebrar-te os dentes. Quebrar-te o coração.
[Fernando M. Minighiti][22.09.2016][01:48]
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