quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Presente (uma pequena canção melosa de m***)

Essa agonia que não me deixa escrever
é bem pior do que você pode entender.
Palavras me escapam como um dia você fez.
E não há nada que eu possa fazer mais uma vez.

E se esse tormento tivesse um nome,
seria aquele que só tu responde.
Quanto mais tento apagar, mas a vida me puxa pra trás.
E assim é que me entrego, gentilmente.

E quando a noite cai eu tento reviver.
Os sonhos voltam e provam daquilo que nunca pude ser.
E quado o sol se vai, eu juro, eu posso te escutar.
Suave, assim como a mais negra canção de ninar.

Quando eu paro e olho pra trás,
eu sei que não preciso me esforçar:
a vida se encarrega de, outra vez, retroceder
Voando pelo passado agridoce, sem perceber.

Então se já não posso mais viver
por que continuo, então, o sentir? 
Se não sei mais pra onde ir
porque ainda persisto em ti?
Se a tantos anos atrás já me rendi?

E quando a noite cair não volte mais aqui,
não importa o quanto eu reze pra ti de novo existir.
A tua perfeição se fez em minha solidão.
A tua ausência é o que me faz inteiro e o que me leva ao chão.

[Fernando Minighiti][20.10.2016][02:00]


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