domingo, 19 de fevereiro de 2017

Soneto quebrado

Deleita os olhos
em teus terrores líquidos.
Correm como ratos do predador
lufadas de ar no concreto liso.

Repara além das portas fechadas,
segue no olhar como que caçador  -
o trem adiante se perde
num passado finito.

Pisa na camisa roxa surrada
largada na escada,
e agora concreto também é.

Que não pare no caminho,
engole choro, engole carinho,
que passado o presente também é.

[Fernando M. Minighiti][19.02.2017][00h57]


Nenhum comentário:

Postar um comentário