ao pé da estrada.
Suas lágrimas rolavam profusas,
entretanto sua fronte era seca.
Eu vi suas histórias cantadas
em cada gota de água
que alimentava o rio da estrada
que ele ainda não trilhou.
Eu vi uma velha alma
no corpo do jovem.
O crescer era o ranger do espírito
que jamais renovava.
A carne era a liberdade e a prisão.
D'águas passadas, nascia o futuro -
talvez regavam o presente
que ele nunca viveu.
E eu senti, sob meus pés cansados,
o fim do caminho.
Provei da água do rio,
e nela, engoli meu choro.
E vi que o belo da vida
não vale uma lágrima derramada.
E, além, o rio, a estrada virgem,
e o sol que nunca provei.
[Fernando M. Minighiti][24.04.2016][06:15]
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