sábado, 14 de novembro de 2015

Azul

P.T.C.

Voa, passarinho
nasceste para o azul,
e ao azul deves pertencer
limitado pelo ilimitável
finito, mas não sem provar do infinito.

Voa, pássaro silvestre
deixaste pai, deixaste mãe, deixaste o ninho
abraçaste o mundo com teu inegável carinho
com a sede voraz de mais... liberdade
livre arbítrio.

Voa, ave do mundo
pois ele te pertence - e tu, a ele -
como tuas penas douradas
que sempre te guiam de volta
para debaixo da asa de onde saíste

Mas voaste, passarinho.
fizeste do 16º o teu ninho
trocaste a montanha pelos blocos cozidos
mas ora, também de barro
não é feito o tijolo?

Voa, pássaro sertanejo
ganha o mundo inteiro
derrama-te em palavras alheias
que se assentam
com o bater de tuas asas.

Voa, pássaro livre.
Fortalece a mente, fortalece o corpo, fortalece o espírito,
Já encontraste a feliz cidade, há anos, a felicidade.
mas lembra de minhas palavras humildes?
Teu limite é o infinito

E se um dia cansares
se voar não quiseres mais
lembres que nasceste um pássaro livre
que ao azul pertences
e ao azul sempre há de retornar.

[Fernando M. Minighiti][11/11/15][02:45]











Nenhum comentário:

Postar um comentário