sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O velho amigo

E sentiu a culpa
Corroendo sua pele
Pensou que não respiraria antes do fim.

Ela viu a noite
E sua eternidade
Relutante,  teria que aceitar.

E farejou o bosque
No rastro do medo
Encontrou seu sangue derramado.

E em cada floco
Ela sabia
Que era ao frio que pertencia.

Sem mais dor
Ela afundou
Abrace a escuridão como um grande, velho amigo
E nunca estará sozinho
Até que o silêncio
Seja o único som.

Sua vida amaldiçoada
Ela desperdiçou
A fantasia jamais presenciou.

Pois perecível
Era o batimento
Eternidade apenas no sofrimento.

E sem mais dor
Ela se entregou
Abraçou a escuridão como uma grande, velha amiga
E nunca mais esteve sozinha.
Com pedras nos bolsos
E bolhas de ar negro.

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