Que varre para longe do cais da minha alma
Toda a tranquilidade que era banhada
Pelas águas vermelhas do meu sangue.
Tudo se agita
E é tão incompreensivel esse sentimento
Difuso, confuso,
Letalmente fatal em sua composição.
Respiro outra vez
E vejo o sol subitamente apagar.
Toda a calma então esvai-se
E a escuridão reina, de dentro para fora.
Senhor, serei o culpado por tudo isso?
Culpado por apagar os sóis de minha alegria
E agitar o antes calmo
Sangue nas minhas veias?
Serei eu mesmo esse abismo magnetizado,
Que me chama e puxa para baixo?
Essa doença venenosa,
Essa ruína que me alucina?
Será que sou eu mesmo o meu inimigo?
Será que sou eu mesmo essa sombra que me persegue?
Sou eu mesmo essa desgraça iminente,
Esse veneno latente?
Será eu, a brisa que virou vendaval,
Que varreu para longe do cais da minha alma
Toda a tranquilidade que era banhada
Pelas águas vermelhas do meu sangue?
[Fernando M. Minighiti][09.04.2011][16:11]
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