É difícil escrever sobre o que se ama, por que é difícil escrever sobre nós mesmos. Encontramos, no que amamos, o elemento com que mais facilmente nos identificamos, encontramos um pouco de nós mesmos. Alguns discordam, e vão mais fundo: Alguns descobrem-se nos outros; Alguns transformam-se, em essência, nas pessoas amadas.
Há muito, transformei-me em alguém, por um tipo diferente de amor, um que é difícil de se encontrar. Ele ultrapassa as barreiras da amizade, mas não sucumbe à pericidade da paixão carnal. Ele atravessa o seu peito e recusa-se a deixar seu coração.
Desde então, vivo em dois corpos, como um só. Minha respiração está dividida contigo, e o pulsar do meu coração depende do seu. Teus sorrisos transformam-se nos meus, e minha vivência está ligada ao fio vital que nos une. Vivo através de tí. E em momento algum queixo-me desta dependência. Se o meu respirar, o pulsar do coração e meus sorrisos fossem meus, e apenas meus, duvido categoricamente que chegaria onde estou hoje - são e salvo.
És a minha dádiva, e este é o meu débito.
Lhe devo minhas alegrias.
Lhe devo minha vida.
[Fernando M. Minighiti][28.04.2011][21:11]
Um amor, um sangue
Uma vida para fazermos o que deveríamos.
Uma vida com um ao outro: Irmãs, irmãos
Uma vida, mas não somos iguais
Nós temos um ao outro, temos um ao outro
Um
[One. U2]