domingo, 7 de novembro de 2010

No fim

"Use-me.
Aproveite-se da desgraça
do sangue desperdiçado
ao âmago das minhas palavras
que nunca foram de teu agrado.

Mas se não foram,
de mim culpa é isenta:
Sempre fui mais do que podias ver;
Um mistério, enigma, dilema,
cujo só instinto não pode compreender.

Deturpe-me, livre-se de meu som.
Tranca-te na tua mente
Deixa o sol morrer.
Decifra-me pela luz iminente
do meu particular amanhecer.

Desculpe-me,
se do alvorecer ao anoitecer
de tudo tentei:
Tú, bordada da ignorância,
jamais poderás me entender."

[Fernando M. Minighiti][07.11.2010][3:12 AM]


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