terça-feira, 24 de agosto de 2010

(In) Segurança

Eu me odeio. Pelos meus sonhos. Pelas minhas ilusões. Pelos meus pesadelos. Pelas minhas expectativas, eu me odeio! Não que os outros as quebrem ou coisa assim - mesmo que geralmente isso aconteça - mas eu mesmo. Droga. O que foi que fizeram comigo? O que é que colocaram na minha cabeça? Por que essa insegurança ainda não desistiu de mim? Como a vida me persuadiu a esse ponto? Minha rotina anda me matando aos poucos. Quanto mais eu vivo, mais eu morro. Por que é torturante. É torturante dormir imaginando o dia seguinte, acordar planejando os seus passos, suas ações, seus gestos e, quando é necessário aqui, na vida real, os passos são tortos, as ações são nubladas e seus gestos simplesmente não acontecem. Isso é frustrante, e me mata intimamente. Será que já não sofro o bastante? O quanto mais resta pra minha alma pagar? O que falta para que não seja mais necessário essa dissimulação? Fruto da minha insegurança, essa dissimulação é parte da minha vida. Ela pulsa com meu coração. Invade meus pulmões enquanto respiro. Irradia do meu ser, todo o tempo. Por que eu não sei mais quem eu sou. À vocês, que me fazem tão bem, me perdoem. Sou grato por vocês existirem na minha vida e à fazerem-na menos dolorosa. Quando estou com vocês eu quase esqueço tudo. Mas é só nos separarmos que tudo volta outra vez. Me perdoem. Um dia essa insegurança será expurgada, e tudo ficará realmente bem. Até lá, sejam pacientes comigo. É que escrever é fácil. Difícil e conseguir os resultados, por que a rotina me trai. Por que nada é como nas expectativas, por causa da minha insegurança. E é por isso que eu me odeio.

[Fernando M. Minighiti][24.08.2010][18:44]


Os meus sonhos
eu procuro acordar
e perseguir meus sonhos
mas a realidade que vem depois
não é bem aquela que eu planjei.
Eu quero sempre mais... eu quero sempre mais.
[Eu quero sempre mais, Ira]

Sempre que eu acordo
Estou perdido e sempre com medo
Nunca é o mesmo lugar
Eu fecho meus olhos para escapar
Das paredes em volta de mim.
E me distancio
Dentro do silêncio
que ultrapassa a dor.
Em meus sonhos eu me sinto imortal
 Eu não estou assustado
Não, eu não estou com medo
 Eu me sinto imortal quando eu estou lá . [...]
Eu me rendo ao sono
 E deixo a dor atrás de mim .
 Não há mais para temer.
 Em meus sonhos eu me sinto imortal
Eu não estou assustado
 Não, eu não estou com medo
Eu me sinto imortal quando eu estou lá. [...]
Lentamente, o tempo me esquece
Eu estou sozinho, apenas sonhando...
Mas eu me senti imortal
 Eu não estava assustado
Não, eu não tive medo
 Eu me senti imortal
 Quando eu estava lá.
[I feel immortal, Tarja Turunen]





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