Eu me odeio. Pelos meus sonhos. Pelas minhas ilusões. Pelos meus pesadelos. Pelas minhas expectativas, eu me odeio! Não que os outros as quebrem ou coisa assim - mesmo que geralmente isso aconteça - mas eu mesmo. Droga. O que foi que fizeram comigo? O que é que colocaram na minha cabeça? Por que essa insegurança ainda não desistiu de mim? Como a vida me persuadiu a esse ponto? Minha rotina anda me matando aos poucos. Quanto mais eu vivo, mais eu morro. Por que é torturante. É torturante dormir imaginando o dia seguinte, acordar planejando os seus passos, suas ações, seus gestos e, quando é necessário aqui, na vida real, os passos são tortos, as ações são nubladas e seus gestos simplesmente não acontecem. Isso é frustrante, e me mata intimamente. Será que já não sofro o bastante? O quanto mais resta pra minha alma pagar? O que falta para que não seja mais necessário essa dissimulação? Fruto da minha insegurança, essa dissimulação é parte da minha vida. Ela pulsa com meu coração. Invade meus pulmões enquanto respiro. Irradia do meu ser, todo o tempo. Por que eu não sei mais quem eu sou. À vocês, que me fazem tão bem, me perdoem. Sou grato por vocês existirem na minha vida e à fazerem-na menos dolorosa. Quando estou com vocês eu quase esqueço tudo. Mas é só nos separarmos que tudo volta outra vez. Me perdoem. Um dia essa insegurança será expurgada, e tudo ficará realmente bem. Até lá, sejam pacientes comigo. É que escrever é fácil. Difícil e conseguir os resultados, por que a rotina me trai. Por que nada é como nas expectativas, por causa da minha insegurança. E é por isso que eu me odeio.
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