andorinha selvagem,
ave de caça,
pássaro imponente.
para longe, acima das nuvens
terra de sóis eternos
pois sois
desbravador tupiniquim
e lusitano e ítalo.
autor de peças e livros
roteirista de vidas.
detém o poder em tuas asas
cujo bater provém da luz
de boa aventurança
que torna em chuva ácida
corrói meus poros
e lembra-me de minha pequenez
tão sólida e tão tangível
quando não passas
de nada além que não
um ponto difuso no céu -
presságio da mortalidade
e da vergonha
daqueles que não detém asas.
Que voes, pois a chuva que trazes consigo
recorda-me de minha mortalidade,
por conseguinte, que ainda vivo.
[Fernando M. Minighiti][14.11.2016][01:17]
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