O grande, meu amigo, pra mim é o quase nada
que em tudo de mim habita. Inibe-me
como a vastidão deserta dos olhos de uma negra fada.
Ninguém poderá dar-me o que procuro.
Poucos sabem que o é inatingível.
Fato paradóxico, chega a ser tangível.
Nada passo, além de um substituto.
Inconsequentemente, imprecisamente,
vejo-me substituto
do que o outro tem em mente.
Apenas outro ser obscuro.
Acorde, poeta amador
Teu tempo acabou.
O ser amado retornou.
Conforta-te, pois, para nós, ingênuos atores
O ofício jamais será amar
E, sim, faltas a compensar!
[Fernando M. minighiti][16.02.201][23:37]
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