quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Reino

Abra seus olhos
Seu coração está perdido
Não tenha medo
você está comigo.
E nesse deserto
de noite eterna
Nós caminhamos
Em busca do que não encontramos.

Nós somos reis e rainhas do futuro.
Nós estamos regendo o passado.
Nosso reinado é o aqui, o agora.
Nosso legado é o infinito, é o fim.

Me dê sua mão
Seguiremos as estrelas que surgirão
Nossas pegadas
Atras nao mais estarão.
Pois nosso passado
não passa do agora.
E juntos nós continuamos
Num caminho sem aurora.

Nós somos reis e rainhas do futuro.
Nós estamos regendo o passado.
Nosso reinado é o aqui, é o agora.
Nosso legado é o infinito, é o fim.

[Fernando M. Minighiti][22-23.02.11][8:38/15:30]




Holofote

Eu tô cansado de tudo. Do mundo! Das lutas e de todas as derrotas! Os holofotes me cegam e ironicamente permaneço no escuro. Não posso correr. Pregaram-me no chão. A única coisa que se movimenta é o sangue desperdiçado. Até mesmo o pulsar do coração, o movimento dos pulmões foram paralisados, estancados. Não mais respiro, mas também não consigo morrer. Todo meu desejo contido evolui em mim, uma explosão de ganância. Minha singular opinião, luta para ganhar liberdade, para cegar o holofote, para devolver-me a visão e os sentidos. Deixe-me viver. Deixe-me enxergar. Deixe-me saber como é te ruma vida própria e não parasita!

[Fernando M. Minighiti][23.02.11][15:07]


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Putrefação

Fique com suas memórias
eu prefiro a bebida.
Sonhe com tudo o que poderia acontecer
retroceda a sua vida
ao âmago desestabilizado por você.
Prove do fel que provei
Aproveite a estadia no chão
Pois estou no ponto mais alto da roda-gigante agora
Como nas voltas que a vida dá
prove da poeira dos seus próprios pés
e sinta o gosto da indiferença que me corroeu.
Fuja:
hoje você é quem é a caça.
Confie na tua estupidez
e deixe de ser idiota;
enquanto é carregada pelo caçador chamado destino.
Colha o que plantou;
encarcere-se na tua prisão auto-imposta.
Sufoque-se.
Revolte-se com a liberdade alheia.
Quanto mais livre estou
mais sufocada está
na mente obsessiva que tu mesmo criou.
Como uma estrela que morre
você começa a desaparecer
e, nos restos putrefatos ao teu redor
teus olhos começam a dizer
qual é o seu verdadeiro ser.

[Fernando m. Minighiti][20.02.11][15:21]

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Substituto

De quais matérias ousaram forjar-me?
O grande, meu amigo, pra mim é o quase nada
que em tudo de mim habita. Inibe-me
como a vastidão deserta dos olhos de uma negra fada.

Ninguém poderá dar-me o que procuro.
Poucos sabem que o é inatingível.
Fato paradóxico, chega a ser tangível.
Nada passo, além de um substituto.

Inconsequentemente, imprecisamente,
vejo-me substituto
do que o outro tem em mente.
Apenas outro ser obscuro.

Acorde, poeta amador
Teu tempo acabou.
O ser amado retornou.

Conforta-te, pois, para nós, ingênuos atores
O ofício jamais será amar
E, sim, faltas a compensar!

[Fernando M. minighiti][16.02.201][23:37] 


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Preço

"Ela o procura
quando se vê presa
em sua bolha subaquática
Como uma bebida que não consegue
não beber
Ela esqueceu de respirar.

o que há, o que há agora?
Qual é teu problema desta vez?
Eu não quero ter nada a ver
com nenhum deles.

Ele foge pra longe daqui
o sacrifício alheio
é sempre um tiro certeiro
Ele aprende novamente
a como colocar o ar
dentro de seu peito.

Onde você está, onde você está agora?
por que aqui dent´tro é tudo tão vazio?
Salve-me da escuridão.
Salve-me da solidão.

Vá! Leve-me contigo
Me faça um tolo
Me julgue impreciso
E cale meus gritos.
De joelhos no chão
Roube meu coração.
Toda minha ruína
e tudo que me fascina.

Não há solução
quando se dizem não.
mas um olhar pra trás
não me satisfaz!
Ela cai por terra
o rastejar de uma fera.
Sangrando por dentro
em eterno sofrimento.
Ela paga o seu preço,
paga seu preço.

Ela paga o seu preço
paga seu preço."

[Fernando M. Minighiti][07.02.11][23:46]



De outras autorias XIII

Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder. Deixo assim ficar... Subentendido.... Como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor obrigação de acontecer. Eu acho tão bonito isso de ser abstrato! A beleza é mesmo tão fugaz! É uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer. Pode até parecer fraqueza: Pois que seja fraqueza então. A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer. Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer. O que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber.

[Apenas mais uma de amor. Lulu Santos]

"Voe tão alto como você pode
Ninguém embaixo
Ninguém está por trás
Sempre começe quando você estiver sozinho.
O amor, o medo, e o sentir estão na solidão.
Com os meus cumprimentos, e mais ninguém."

[Montañas De Silencio. Tarja Turunen]








Ela

"Ela é única no que faz.
Ela é o tipo de garota que os garotos
gostam de sonhar
-mas que não conseguem expressar.
Eles cultivam o seu olhar
Desvendam o seu paladar
E ele ali, a sonhar,
como todos aqueles que querem
apenas te impressionar.
"O que ele precisa fazer para deixar de ser apenas mais um a só sonhar?"
-Ele torna a se perguntar.

Apesar de dificultar
eles adoram sua timidez.
E o seu falar, o seu andar
e o simples fato do seu respirar.
Mas ele sabe
que ela sabe
que todos sabem.
Então pra que negar, pra que ocultar
o que pode estar já nas profundezas do seu olhar?"

[Fernando M. Minighiti][09.02.10][23:28]


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Anote:

Sou isolado por natureza. Não me imagino em multidões. Amo minha casa, minha família e apenas mais 4 pessoas. Crio uma barreira ao meu redor impenetrável, da qual só eu sei o segredo. Sorrio com facilidade, embora isso não defina quem sou. As vezes, ouço mais do que falo. Sou de poucos amigos. Posso os contar nos dedos de uma única mão. Faço amizades com a mesma facilidade que temos em respirar debaixo d'água. Tenho temperamento forte. Guardo todas as mágoas e explodo no fim. Cultivo inimigos. Poucas pessoas fazem-me realmente feliz. Não tenho muito amor próprio. Minha auto-estima não é lá das melhores e mais bem reguladas. Posso acordar chorando e ir dormir sorrindo. Prefiro não ter sonhos. Não gosto de acordar deles. Odeio não ter minha vida sob meu controle. Gosto de enxergar os pontos positivos de tudo e de todos. Fico atento nos negativos. Tudo é uma ameaça em potencial. Não me rendo com facilidade, mas não sou guerreiro. Odeio rótulos. Amo sinceridade. Odeio tudo o que me sufoca, me prende. Ninguém me tira a liberdade. No meu dia-a-dia estou sempre no meu limite máximo. Arrisco-me no limiar da loucura. Permaneço intensamente vivo.

[Fernando M. Minighiti][04.02.2011][02:44 a.m.]