e a água tua mágoa dilui.
O fardo é pesado, não te culpes.
Todo oceano é negro pela noite.
Respira, amigo.
Finge que nada aconteceu,
agora que o léxico te escapa.
Agora que a língua, em ti, morreu.
E nas ondas,
banha-te de tristeza,
de líquida calmaria.
Seca-te no vento.
Limpo, voa com leveza,
rumo à terra jamais vista.
[Fernando M. Minighiti][16.01.2019]